Feliz Dia da Mulher, Da Deusa
Daquela que contém as chaves para todos os caminhos,
A cuidadora, que dá e tira vida,
Mulher Indomável, Rainha Gentil.
Seus milhares de papeis, suas diversas escolhas entre
 caçar e matar para alimentar e 
matar para defender a si e a quem ama.
Portadora da dança entre a escuridão e a luz.
Magna Mater,
Sofia,
A Cortesã,
Serpente Sinuosa; Noturna,
Senhora Negra.


Seja uma dama, seja um cavalheiro contemporâneo.
Carta pública, Valsa Rubra


Há alguns anos é dito que ser cavalheiro é ser machista e sim a base do cavalheirismo é proteger a mulher de eventuais problemas e prezar para que ela seja bem tratada. Depois da queda do império romano no século V D.E.C a sociedade perdeu-se em medo, homens faziam o que queriam e tomavam quem desejavam, porém um militar da cavalaria, em Roma, era uma pessoa de superior extração e portanto, devia-se esperar dele um comportamento cortês.
Os cavaleiros se tornaram a classe dominante, controlando a terra da qual provinha toda a riqueza. Os aristocratas eram nobres originalmente por causa de seu status e prestígio como guerreiros supremos num mundo violento. Posteriormente, seu status e prestígio passaram a se basear na hereditariedade e a importância em que ser um guerreiro declinava.
Quando primeiro usado, o termo "cavalheirismo" significava habilidade em lidar com cavalos. O guerreiro de elite da Idade Média se distinguia dos camponeses, clérigos e deles mesmos por sua habilidade como cavaleiro e guerreiro. Cavalos fortes e velozes, armas bonitas e eficientes, e armaduras bem-feitas eram o símbolo de status.

Por volta do século XII, o cavalheirismo se tornou um estilo de vida. As principais regras do código de cavalaria eram:
Proteger as mulheres e os fracos; Defender a justiça contra a injustiça e o mal; Amar sua terra natal; Defender a Igreja, mesmo com risco de morte.


Naquela época as mulheres não trabalhavam, não tinham renda e sim apenas seus dotes familiares para quando fossem casar, sendo assim o homem sustentava a mulher financeiramente depois do casamento pelo resto da vida. A base do cavalheirismo vem desse cenário, um cenário que não é mais o atual, onde a mulher conseguiu obter diversas permissões sociais para poder prover seus sustento e não depender de uniões.

Atualmente com uma certa igualdade social, é importante o Cavalheiro e a Dama não se apegarem ao sentimento de fragilidade que estes termos "Dama" e "Cavalheiro" trazem e sim ao que é a base dele, a Gentileza, o Respeito e a Educação. Decoro de roteiro não é bem visto logo se é para ser um cavalheiro que seja-o com mulheres, com homens, com idosos e crianças, seja uma pessoa gentil/educada. Uma dama deve ser elegante mas ainda sim saber dizer não, saber aceitar elogios (De acordo com a sua própria compreensão.) e compreender a natureza humana para entender que neste século XXI homens e mulheres ainda estão em transição de valores, constantemente aprendendo e que vai da escolha de cada um alimentar o melhor ambiente para rodear-se.
A etiqueta para uma dama, soa como algo muito forçado, automaticamente nos lembramos de corsets, diversos talheres dispostos a mesa e um certo ar de superioridade, a história da sociedade contribuiu para que essa visão se perpetuasse, porém a etiqueta foi adaptada para diversos momentos da história, mas ainda sim sua essência gira em torno do respeito, da gentileza (Com os outros e consigo.) e do bem estar social, ideias como postura é um respeito com seu próprio corpo (respeitando a natureza de cada um.), palavras como "Com licença, obrigado, perdão/me desculpe" abrem caminhos e ter atenção com quem está ao nosso redor é igualmente importante, consequentemente o uso de celular deve ser dosado, estamos acostumados a viver dentro da nossa própria redoma seja pelo fato do mundo externo nos entendiar ou não ser atraente o suficiente, nos perdemos em divagações tecnológica e ao deixarmos de olhar para esse mundo exterior podemos perder pequenos ensinamentos e alegrias pouco percebidas pelo nosso narcismo de convivermos apenas com o que nos agrada, moderação é importante, saber dar atenção à tecnologia e as pessoas a sua volta é a chave.

Num contexto geral, tanto a dama quanto o cavalheiro são bem educados, procuram conhecer culturas diferentes da sua, os costumes, a história e por ai vai de acordo com o gosto pessoal de cada um, todo esse conhecimento deve ter em sua base o Amor e o Respeito consigo e com o próximo, viver de honra fará de um cavalheiro um homem integro, se entregar a qualquer disputa por uma ofensa tornará o cavalheiro um homem morto. Compreender que nem todos entendem o comportamento cavalheiresco ou elegante de uma dama não deve ofender uma dama, mas saber respeitar seus limites pessoais ainda sim empondera a mulher. Podemos melhorar o Cavalheirismo e a elegância da Dama, pegar o que é belo e útil do passado e dar-lhe um significado e atitude moderno sem perder a essência.
Isso vale em especial para nós, pessoas ligadas a cultura do Vampyrismo, ao amor pelas artes com toques mais obscuros, pela rebeldia em não se adequar aos achismos e regras dos outros, fazemos nossas próprias regras, alimentamos o melhor em nós, nos inspiramos e focamos em nosso crescimento, como pessoas não focando tanto em nossas diferenças e sim no que torna cada um mais fortes e mais completos.


Eva I. Franco
Dama do Valsa Rubra

21 de Janeiro de 2017

Esclarecendo as coisas: Vampirismo e Vampyrismo.

Vampyrismo com “y” é um estilo de vida que inclui modo de se vestir, o modo de agir (em alguns locais do mundo) e pode ou não ter integrantes que praticam vampirismo astral, de manipulação energética.

Vampirismo com “i” pode ter vários significados:
1 - O vampirismo mítico, a figura do monstro que as lendas falam sobre.
2 - O Vampirismo astral, de manipulação energética.

O Vampyrismo é uma sub-cultura (uma cultura dentro da cultura dominante),  a utilização do “y” é feita para distinguir essa realidade da do vampiro mitológico e cinematográfico/entretenimento, apesar destes terem servido como inspiração para a cena do Vampyrismo. Essa sub-cultura é diversa e ampla, contendo diversos grupos conhecidos como Houses, clãs entre outras nomenclaturas.

Conheça melhor na seção de Artigos.


Manifesto do Vampiro Vivo (Living Vampire)

O Vampirismo vivo é uma filosofia (no âmbito Diurno) e para alguns um caminho espiritual (âmbito Noturno) que abraça os elementos de poder da mitologia vampiríca. Por sua vez o Vampiro vivo rejeita os aspectos negativos dos vampiros como serem amaldiçoados, deprimidos, monstros lendários, etc.

Vampiros vivos muitas vezes se auto denominam como " Strigoi Vii " que traduz do Romeno que significa "Vampiro Vivo." Eles muitas vezes utilizam a ortografia de “Vampyro” com um “Y” na ortografia do velho estilo vitoriano que antecede a ortografia moderna, (com um "i") para diferenciar entre a realidade e a fantasia (filmes, séries e lendas.)


Filosofia

Exemplos de palavras de poder ou "véus", para o Vampiro Vivo que descrevem a filosofia diurna incluem: Imortalidade, Transumanismo, Classe, Extropianismo, Apoteose, Libertino, Romance, Vida, Mistério, Gnose, Sensualidade, Música, Arte, Cultura, Espiritualidade, Cavalherismo, Draconianismo, Zhep'r , Domínio sobre o plano físico/Material, Glamour, individualismo, Dragão e Família.




O Vampirismo Vivo no termo filosófico é baseado na lógica e racionalidade.  Vampyros são pessoas realistas e tentam lidar com o mundo corpóreo como ela é na realidade. Além disso, o Vampiro Vivo abraça o Darwinismo social e a Espiritualidade Primal: Para algo poder ser verdadeiramente especial , nem tudo pode ser igual, logo Eles reconhecem a diferença entre a fantasia e a realidade. O Vampiro Vivo disciplinado sabe que ele é fisicamente um ser humano vivo e normal; ele sabe que não pode se transformar fisicamente em morcego, névoa ou lobo; Não bebe sangue por considerar que a imortalidade física é algo que só pode ser alcançado através de ciências futuras.

O símbolo do Vampirismo Vivo (Vampyrismo) é o “Legacy Ankh”, um Ankh com lâmina, inspirado no antigo símbolo egípcio da imortalidade, divindade e vida.


O Véu Negro (The Black Veil)

Os 5 princípios do Vampirismo Vivo são descritos como Véus Negros, que começou como um código de conduta no clube “Long Black Veil” por Father Sebastiaan em Nova York.

Eles são:

1 - Lei : Vampiros Vivos não são criminosos e permanecem dentro dos limites das leis mortais (humanas).
2 - Adultos: Vampirismo Vivo é reservado para adultos. Nenhum menor de idade deve ser formalmente iniciado na família .
3 - Sangue : Vampiros Vivos vêem o sangue como uma metáfora para algo muito mais sutil e não bebem sangue corporeo/físico.
4 - Busca: . Vampiros Vivos respeitam o livre arbítrio de todos os seres sencientes e nunca tentam converter alguém, apenas inspirar.
5 - Segredos : O que acontece dentro da Família permanece dentro da Família . Segredos nos unem e protegem o Vampiro Vivo.


Distinções de outros tipos de Vampiros

Sendo uma filosofia e um caminho espiritual, o Vampiro Vivo é distinto dos vampiros psíquicos que se alimentam de energias emocionais / psíquicas e vampiros sanguíneos que se alimentam de sangue humano. Os vampiros psíquicos têm uma " deficiência energética" e os Vampiros Vivos Não. Eles se alimentam de forma ética do excesso de força da vida humana com o propósito de imortalidade pessoal e evolução (Zhep'r). Vampiros Vivos percebem o sangue como uma forma ineficaz e arriscada de alimentação, com novatos muitas vezes experimentando e descobrindo esta realidade: Que o sangue não fornece uma fonte abundante de força vital para suas necessidades.

Espiritualidade Vampírica

No lado espiritual e esotérico (Noturno) do Vampirismo Vivo, é preciso dominar os elementos Diurnos antes de entrar neste mundo de sensibilidades além dos cinco sentidos, magia e força vital (Conhecido como: Chi, Prana , Akasha , Ki ). Dentro deste domínio estão “Os Mistérios” que, em sua essência, envolvem os mistérios da alimentação energética e da Comunhão, mas podem incluir também a Necromancia, Sonho Lúcido, Espiritualidade Primal, EFC (Experiências-fora-do-corpo), Reiki, Chakras, Tantra, etc.

Comunidade

Vampiros Vivos Geralmente são bem solitários e altamente independentes, com surtos de socialização. Estes solitários são conhecidos como " Ronin ", geralmente práticando o Vampyrismo como solitário ou em casal.

O Sanguinarium (Que não deve ser confundido com vampiros sanguíneos) é uma Rede Internacional privada de ¹Black Swans e Vampiros Vivos, é o mais conhecido e a maior comunidade de Vampiros Vivos. Dentro do Sanguinarium há o Clã Sabretooth (Compondo-se de Vampiros Vivos e Black Swans) e a Ordo Strigoi Vii , uma ordem de Vampiros Vivos na qual é preciso ser convidado para participar. O Sanguinarium neste momento está aberto apenas para os clientes do Father Sebastiaan que fazem presas com ele, conhecidos como "Sabretooths".

Leitura adicional

O Sanguinarium oferece livros públicos e privados sobre Vampyrismo escritos pelo Father Sebastiaan uma série intitulada de "Vampyro", que incluem “Sanguinomicon” ( Weiser 2010) , “Vampyre Magick” ( Weiser 2012) , “Vampyre Virtudes " The Red Veils" ( Sanguinomicon Imprensa 2011) e “Vampyre Mistéries " The Purple Veils” ( Sanguinomicon Imprensa 2013) .

Para mais informações, visite www.sanguinarium.net

¹: Black Swans são amigos, familiares e outras pessoas que não se consideram Vampyros, mas que simpatizam com a filosofia.

Manifesto do Vampiro Vivo - Por Father Sebastiaan
Tradução por Khallid Leansidh

Site Oficial - Valsa Rubra